És igual às outras, não penses que és diferente. Não sei o teu nome e sinceramente faço questão de não saber. Sou uma criatura solitária, gosto demais de mim para limitar o meu tempo comigo. Só preciso de umas horas em que alguém me agarre e desfrua, me dê prazer e simplesmente se vá embora no fim, que passe e não fique, que seja como o vento. Não quero dar, só quero receber. Faz parte do meu ser, o egoísmo está cravado no meu corpo. Muitas vão embora com o ego no auge, achando que me tiveram, que fui delas, que me entreguei. Mas nunca me dei a ninguém, só tive. E hoje é mais um dia assim, não vale a pena olhares-me de maneira doce e dizeres-me palavras amáveis. Não podes, não vale a pena, vai-te embora. Preferia que me chamasses nomes na tentativa de me ofender a tentares derreter o meu iceberg. Eu sou pedra por dentro, só te posso magoar, não te posso dar nada em troca dos teus sentimentos. Por isso agarra nas tuas coisas e vai. Vai e não olhes para trás.
Preciso do meu cigarro, de mim, de me sentir. Já me perguntaram se sei o que é o amor, não, mas conheço uma vertente, o amor-próprio. E esse é o único amor que gosto de arriscar, o único que quero, o único que não me magoa nem desilude, o único em que não magoo nem desiludo ninguém.
Maldita sejas! Tu e esses teus olhos reluzentes, essas tuas palavras afáveis que sem muito esforço quase que atingiam qualquer coisa que eu possa ter cá dentro além do gelo imune a sentimentos.
Maldita sejas, porque por breves momentos me fizeste desejar que ficasses e me fizesses tua.
Era isto que querias? Parabéns, conseguiste. Maldita!
Preciso do meu cigarro, de mim, de me sentir. Já me perguntaram se sei o que é o amor, não, mas conheço uma vertente, o amor-próprio. E esse é o único amor que gosto de arriscar, o único que quero, o único que não me magoa nem desilude, o único em que não magoo nem desiludo ninguém.
Maldita sejas! Tu e esses teus olhos reluzentes, essas tuas palavras afáveis que sem muito esforço quase que atingiam qualquer coisa que eu possa ter cá dentro além do gelo imune a sentimentos.
Maldita sejas, porque por breves momentos me fizeste desejar que ficasses e me fizesses tua.
Era isto que querias? Parabéns, conseguiste. Maldita!